A vida passa e as lembranças da infância ficam.


Ontem mesmo comemorei mais uma primavera e me veio a mente alguns fleches da infância bem vivida na região da tijuca no Rio de Janeiro onde fui criado.

 Lembrei-me muito claramente de algumas passagens interessantes que comparadas às atuais nos fazem pensar, a exemplo:

Na escola, existia um ginásio esportivo onde fazíamos exercícios nas aulas de ginástica e os bancos não eram estofados como hoje, e sim de pedra, não conheci nenhum caso de colega com problema de coluna.

As salas de aula não tinham micro, ventilador e, muito menos ar condicionado no máximo no canto um mimeografo a álcool o qual nunca causou incêndio.

Existiam balanços e gangorras que nós balançávamos a alturas, nesse momento todos pulavam e não existia o cinto de segurança.

Saiamos de bicicleta do Grajaú para pegar jacaré na praia de Copacabana e ninguém usava capacete, luvas ou outros equipamentos de proteção.

Descíamos o alto da Boa Vista sentados em carrinho de rodas de bilha, subíamos ao pico da tijuca e papagaio, explorávamos as matas da floresta da tijuca, saltávamos do trampolim da piscina do Country, brincávamos com espingarda de ar comprimido e por fim explorávamos casas abandonadas do Grajaú.

Jogávamos peladas com bolas de meia, terrenos baldios se transformavam em campo de futebol, os canteiros existentes nas calçadas todos tinham uma bulica e naquela época não se falava muito em protetor solar, por isso estávamos sempre bronzeado.

Andávamos de Gullivete, Monareta e Vespa, ninguém tinha carteira e íamos para o colégio nos estribos do bonde 68, tempos que jamais voltarão.

Mas fica na lembrança as medidas de segurança adotadas na época, nossas mães não permitiam que tomássemos leite e comer manga junto, obrigavam há esperar uma hora depois de comermos algo antes de entrar na piscina ou tomar banho de mar.

Já se foram sessenta e dois anos, á vida continua e as lembranças permanecem vivas em nossa mente.


Marcio S. Vaitsman

Comentários

  1. Opa!
    Ginásio no cimento, mimiografo, gangorras eram um alegria, diversão na praia era pegar jacaré e não lembrava do protetor, soltava pipa no terreno baldio e ganhava vários cortes,tinha uma monareta ( tantos tombos )que sobrevive na casa de um amigo em paquetá.
    Hoje estamos aqui por causa das medidas de segurança que tinhamos.
    Quando conto esse momentos aos meus sobrinhos eles começam a rir, mas aprendem a se cuidar.
    Valeu!

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