ARGUMENTO NO BOLSO.

Como convencer o patrão de que é lucrativo investir em ergonomia?
O argumento de que vai prevenir a saúde do trabalhador, deve ser apenas complementar. É preciso demonstrar que teremos retorno financeiro com este investimento.
A lei 8213/91, no seu artigo 118 definiu a estabilidade do trabalhador por pelo menos um ano para os casos de acidentes do trabalho e, por comparação, às doenças relacionadas ao trabalho, sendo que na prática, enquanto o trabalhador não estiver em condições ótimas, sua estabilidade no emprego estará garantida.
Você deve estar dizendo - E daí?
Com a referida lei o patrão é obrigado a manter o funcionário por um ano, após acidentes ou doenças com afastamento superior a quinze dias.
No entanto, neste retorno o trabalhador provavelmente voltará para seu posto de trabalho de origem, ou seja, o mesmo que lhe deixou doente. Com isso, após algum tempo, a tendência é que volte a adoecer.
Será afastado novamente e depois de um tempo voltará para a empresa. O patrão pensa um pouco e coloca o trabalhador em outro serviço (contar parafusos no almoxarifado).
Porém, o posto de trabalho “doente” ainda existe e outros serão afastados e retornarão com estabilidade.
Mas não tem mais onde colocá-los.  Qual seria a solução mais barata?
Realizar as melhorias ergonômicas do posto de trabalho e resolver seu problema. Com isso, não teríamos mais trabalhadores afastados.
Além disso, o artigo 121 da mesma Lei, diz o seguinte:
O pagamento, pela Previdência Social, das prestações por acidente do trabalho não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de outrem. Ou seja, os direitos previdenciários não excluem a responsabilidade civil da empresa.
Com isso, as empresas passaram a ser acionadas na Justiça, na esfera cível, por trabalhadores alegando perda de capacidade laborativa, em geral em decorrência de lesões relacionadas a condições antiergonômicas. Com indenizações vultosas dependendo de cada caso.
Mesmo quando a empresa não perde o processo, há um enorme esforço para contestar, o custo de separar o que é real do que é fraude.
Um custo elevado para a empresa, tirando-a do seu foco de negócio.
Porém com uma gestão adequada nesta área, haveria argumentos técnicos para questionar as indenizações indevidas e diminuir o número de afastamentos.

O Segurito.

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