Audiometria e Eletrocardiograma nas empresas – DDS.


Isso não pode ser jogado para baixo do tapete, todos precisam saber:

Para avaliar se exposição ao ruído trouxe danos ao trabalhador da empresa, é estabelecida a necessidade da realização das audiometrias e exames complementares por meio do médico do trabalho anualmente que chamamos de ASO.

No entanto, em função das características do exame audiométrico e também do cardiológico, resultados alterados podem ocorrer mesmo sem o colaborador ter perda auditiva ou problemas de cardiopatias graves. Isto ocorre por diversos motivos que devem ser observados:

Algumas empresas não utilizam a cabine acústica ou aparelho de eletro aferido regularmente, para facilitar a análise realizam as avaliações na própria empresa em locais em que o barulho ou externo acaba interferindo na percepção do colaborador;

Caso o trabalhador esteja gripado, há a possibilidade de resultados alterados;

Caso o trabalhador não tenha tido o descanso acústico de 14 horas, os valores não serão 100% confiáveis;

O exame depende muito da atenção do avaliador e do avaliado;

Nem sempre o avaliador realiza a meatoscopia, ou seja, visualiza o canal auditivo para verificar problemas, como por exemplo, “rolha de cera”;

Algumas empresas não se preocupam em solicitar o certificado de calibração do audiômetro e do eletro, embora utilizem demasiadamente esses aparelhos.

Com o aparelho de eletrocardiograma  é a mesma coisa: detecção de overflow ou ruído intenso; falta de papel ou falha no mecanismo; acionamento da tecla pausa; detecção de eletrodo solto./

Em função de todas estas variáveis acabamos tendo casos de perda auditiva e ou apresente problemas cardiológico sem que o colaborador realmente os tenha. 

Eu mesmo já fiz um exame com indicação de perda auditiva e bloqueio do ramo direito do coração e nos três exames posteriores os resultados não confirmaram a alteração.

Com isso, seria interessante verificar junto ao médico do trabalho a necessidade de refazer os exames, principalmente nos resultados que dessem alterados pela primeira vez para podermos confirmar o problema.

Exigir, obrigar que o médico tenha afixado em local visível o certificado de aferimento dos aparelhos e os documentos de habilitação da pessoa que realizara o exame (Operador do equipamento), porque o que tenho assistido por aí é um absurdo.

Caso ainda haja dúvida sobre o resultado, recomenda-se realizar exame mais preciso e lógico, mais caro com seu médico particular.

Atenção CRMERJ, vamos intensificar a fiscalização nesses consultórios, principalmente onde é realizado o exame ASO.

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