Envio currículo e não sou chamado para entrevista! Reflexão.


O que acontece com profissionais com ampla experiência que querem uma nova recolocação e após enviar muitos currículos nem sequer são chamados para uma simples entrevista.
 
Companheiros, parece que este problema é mais comum do que eu pensava, acredito que outros fatores são determinantes na escolha de uma profissional (mesmo que seja só para uma simples entrevista), certamente não é a competência que vale nesses casos.
 
Acredito que os Recrutadores são obrigados a escolherem um perfil por indicação "superior" ou não possuem a competência técnica de requerida para avaliar um potencial colaborador.
 
Tenho recebido relato de diversas "injustiças" nos processos seletivos dos quais participaram amigos e pelos relatos, sinceramente os métodos atuais parece prejudicar não só o candidato, mas, principalmente as empresas que deixar muita das vezes escapar entre os dedos, mão de obra experiente impressindivel para a continuidade operacional da empresa.
 
Faço uma pergunta aos senhores (as) Recrutadores:
 
De um modo geral são capacitados para conduzir uma entrevista técnica com especialista em Segurança com experiencia nas atividades que envolvam Leis, NBR’s, NR’s, Auditorias, Gestão de QSMS, SIGM, IPS, Relatórios Técnicos e Projetos, dentre outros?
 
Claro que não, essas atividades devem ser avaliadas por quem entende desse processo, que possuam conhecimentos minimos das atividades e do desempenho da função.
 
Quando o candidato consegue avançar para avaliação com gestores, muitas vezes os assustamos por sermos articulados, estarmos muito preparados, carregarmos muita experiência em nosso currículo, sem falar da competência pessoal que muita das vezes, intimidam gestores, pois, esses encaram como uma grande ameaça ao seu próprio cargo, que acabam dando preferencia aos menos capacitados mantendo sua zona de conforto para manter seus empregos.
 
Todos sabemos que hoje é comum um Técnico em Segurança do trabalho está muito mais habilitado profissionalmente para assumir o QSMS de uma empresa do que muitos outros prevencionistas que exercem essa função.
 
Essas seleções são de modo geral, vergonhosas, descriminátorias e covarde, pois, roubam o tempo dos candidatos que estão necessitando de um trabalho que antecipadamente você já sabe não ser aquele que vai ocupar a vaga.
 
Senhores (as) Recrutadores (as),  se pergunte com bastante frequência, será que estou “roubando” de alguém alguma informação que podem lhes ser úteis para o seu crescimento pessoal e profissional, o direito de sonhar, o direito de conhecer a verdade, o direito de estar roubando a vida profissional desses candidatos, o direito de receber feedback dessa entrevista?
 
Concluo essa postagem implorando que façamos um exame de consciência mais profundo na forma de selecionar candidatos experientes para que não roubemos o sonho de um novo emprego e, principalmente a espectativa profissional.
 
Marcio Santiago Vaitsman


“Prevencionista, se você gostou, seja um seguidor e compartilhe com seus amigos e um dia verá que essa sua atitude fez parte da sua história”.


 
 

Comentários

  1. Companheiro, nem sempre um profissional experiente é o melhor para uma empresa. Para uma empresa que, por exemplo, já conta com pessoas experientes em seu quadro de funcionários, a ideia de trazer novas mentes, novas ideias e dar oportunidade a quem chega sem comodismo, querendo mostrar trabalho, querendo aprender, é também uma forma de reter talentos. Um profissional com extrema experiência está à mercê de outras empresas, não passa a ideia de fidelização tão forte quanto uma pessoa que recebeu a oportunidade de aprender. Todos os experientes de hoje, um dia precisaram de uma forcinha., de uma oportunidade.
    Concordo que selecionadores devam, sim, dar um feedback após as seleções. Durante as entrevistas os selecionadores também devem ser extremamente imparciais com as palavras, atitudes e expressões, mas o candidato que sabe com quem está concorrendo, pode ficar desmotivado, por isso há necessidade os candidatos não saberem completamente a verdade, pois se existem as entrevistas, é porque o entrevistador ainda procura algo que faça a diferença.

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  2. O problema é que quem realizam entrevistas são psicólogos. Na minha opinião psicólogo não é a pessoa mais indicada para fazer isso. Achar um profissional para uma empresa requer entender que qualidades coletivas e não individuais. Como contribuir para a "cultura da empresa"? É uma resposta que um psicólogo não pode dar. Cultura é coletiva e não individual. Por isso, acho que ou os psicólogos deveriam ser excluídos desse tipo de trabalho, ou somados a eles, virem sociólogos, antropólogos e administradores com formação pra isso. Só para terminar. Algumas dinâmicas que participei pareciam terapia de grupo e não seleção de trabalho. Tem que mudar o método.

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  3. O Sr Marcio está coberto de razão. Só pra comparar uma funcionário que julgamos normal aqui no Brasil foi trabalhar em USA, começou com expediente normal de 40 horas semanais. Para mostrar serviço o idiota como é muito feito aqui no Brasil começou a ficar depois do horário para impressionar o chefe. Depois de alguns dias fazendo isso o chefe chamou ele para uma conversa e perguntou.
    _O tempo que damos para executar as tarefas não está sendo suficiente para vc?
    _Sim está chefe..
    _É que todo o dia vc está ficando após o horário.
    _Eu presumo que ou vc não consegue dar conta do trabalho em nosso expediente.
    _Ou está com muito serviço e nosso expediente não é suficiente.
    Dessa forma o Brasileiro mostra seu jeito de trabalhar puxando saco. São esses caras que tem valor no mercado de trabalho e são contratados mesmo sem experiência.

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  4. Realmente, isso que acontece aqui no Brasil é um "GRANDE ABSURDO". Estou participando de uma seleção para entrar numa empresa de grande porte, que faz parte de um grupo. A empresa alega que está necessitando de mão de obra o quanto antes. O processo seletivo é composto por cinco fases, para uma função que a mesma remunera mensalmente com apenas R$ 900,00. O serviço de lá qualquer um faz, mesmo assim eles insistem em aplicar um processo de seleção como se tivessem contratando um diretor ou algo do tipo, sem contar que o processo é bem demorado, você leva cerca de dois meses para entrar na tal empresa se passar em todas as fases do processo.

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