1 em cada 5 casos de acidente de trabalho teve sequelas.
Em 2013, 12,4% das 4,9 milhões de pessoas de 18 anos ou mais que sofreram acidente de trabalho ficaram com alguma sequela ou incapacidade (613 mil) e 32,9% deixaram de realizar atividades habituais (1,6 milhão). Já entre as 4,5 milhões de pessoas nessa faixa etária que sofreram algum acidente de trânsito com lesões corporais, 32,2% foram no deslocamento para o trabalho (1,4 milhão) e 9,9% trabalhando (445 mil).
É o que mostra o quarto volume da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013: Indicadores de Saúde no Mercado de Trabalho. A pesquisa mostra, ainda, que o percentual de pessoas que sofreram acidentes de trabalho era maior entre homens (5,1%) do que entre mulheres (1,9%).
Neste quarto volume da PNS 2013 analisou-se a relação entre a condição no mercado de trabalho e alguns temas já contemplados nos volumes anteriores, tais como: pessoas com deficiência; posse de plano de saúde; diagnóstico de depressão; fatores de risco e proteção à saúde, entre outros.
No mesmo ano, 3,1% das pessoas de 18 anos ou mais sofreram alguma violência ou agressão por desconhecido (4,6 milhões). Em 18,4% dos casos, a violência ou agressão ocorreu no local de trabalho (846 mil). Já as agressões ou violências vindas de conhecidos atingiram 2,5% das pessoas com 18 anos ou mais (3,7 milhões), sendo que 11,9% delas (439 mil) foram agredidas no trabalho. A PNS 2013 também revela que os portadores de alguma das deficiências investigadas (intelectual, motora, auditiva e visual) tinham rendimento médio mensal habitual 11,4% menor (R$ 1.499) que os sem deficiência (R$ 1.693). Já as pessoas que trabalhavam à noite, mesmo que o turno começasse durante o dia, tinham rendimento médio de R$ 2.073, 21,2% maior que o dos ocupados exclusivamente durante o dia (R$ 1.710).
Enquanto a ocorrência de depressão entre a população de 18 anos ou mais havia sido de 7,6% em 2013, entre aqueles que não trabalhavam nem procuravam emprego (população fora da força de trabalho), a proporção era de 10,2%, ou seja, um em cada dez. Para a população ocupada, a proporção havia sido de 6,2% e, entre os desocupados, 7,5%. A população fora da força de trabalho também apresentou proporção maior (12,6%) de pessoas que tomavam remédio para dormir do que as demais.
Por outro lado, as três doenças crônicas com as maiores prevalências na população (hipertensão arterial, colesterol alto e dor nas costas) eram maiores entre as pessoas ocupadas do que entre as desocupadas. Já a dengue diagnosticada por médico atingiu cerca de 11,7 milhões de pessoas ocupadas (12,6%) em 2013.
Metade das pessoas que sofreram acidente de trabalho deixaram de realizar atividades habituais.
Em 2013, 3,4% das pessoas de 18 anos ou mais de idade se envolveram em acidente de trabalho nos 12 meses anteriores à pesquisa (4,9 milhões), sendo 5,1% dos homens (3,5 milhões) e 1,9% das mulheres (1,5 milhão). Devido a esse acidente, 32,9% das pessoas deixaram de realizar suas atividades habituais (1,6 milhão) e 12,4% ficaram com alguma sequela ou incapacidade (613 mil). No trânsito, 3,1% das pessoas na mesma faixa de idade sofreram algum acidente com lesões corporais (4,5 milhões): 32,2% no deslocamento para o trabalho (1,4 milhão) e 9,9% trabalhando (445 mil).
No Brasil, 3,1% de pessoas de 18 anos ou mais sofreram alguma violência ou agressão (física, sexual, psicológica) por pessoa desconhecida nos 12 meses anteriores à entrevista (4,6 milhões). Destas, 18,4% sofreram a violência ou agressão no local de trabalho (846 mil). Já as agressões ou violência vindas de conhecidos atingiram 2,5% das pessoas com 18 anos ou mais (3,7 milhões), sendo que 11,9% delas foram agredidas no trabalho (439 mil). Quando o agressor era conhecido, as proporções foram de 1,8% para os homens (1,3 milhões) e 3,1% para as mulheres (2,4 milhões). Quando o agressor era desconhecido, o percentual de vítimas do sexo masculino foi maior: 3,7% (2,6 milhões) contra 2,7% para as mulheres (2,1 milhões).
Portadores de deficiência recebem 11,4% a menos que os sem deficiência.
Com rendimento médio mensal habitual de R$ 1.499, as pessoas com pelo menos uma das deficiências investigadas pela PNS (intelectual, motora, auditiva e visual) recebiam 11,4% a menos do que aquelas sem deficiência (R$ 1.693).
O percentual de pessoas com deficiência física foi maior entre aqueles fora da força de trabalho (2,8%) do que entre os ocupados (0,8%) e os desocupados (0,5%). Entre os ocupados, 21,7% declararam ter grau intenso ou muito intenso de limitações em suas atividades habituais, inclusive o trabalho.
A deficiência visual foi a mais frequente entre as pessoas de 14 anos ou mais (4,3%) e atingia 3,1% dos ocupados, 1,7% dos desocupados e 6,4% dos fora da força. Entre as 1,6 milhão de pessoas com ao menos uma das deficiências investigadas, 17,2% trabalhavam na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (702 mil); 17,7% no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (722 mil); e 13,8% na indústria (562 mil).
Quem trabalha à noite recebe 21,2% a mais que quem se ocupa de dia.
Entre as 90,1 milhões de pessoas ocupadas de 18 anos ou mais de idade, 14,9% trabalhavam à noite (entre 22h e 5h), incluindo aqueles cujo turno começava durante o dia e se estendia por um período da noite. Os grupamentos com os maiores percentuais de trabalho noturno foram: alojamento e alimentação (39,3%) e transporte, armazenagem e correio (29,4%). O rendimento médio habitual desses trabalhadores (R$ 2.073) superava o dos diurnos (R$ 1.710) em 21,2%.
Entre os ocupados, 1,7% trabalhavam em turnos ininterruptos de 24 horas (com rendimento médio habitual de R$ 2.645) e 28,8% deles o faziam mais de uma vez por semana. As maiores proporções de trabalhadores em turnos de 24 horas estavam nos grupamentos da administração pública (25,4%) e da educação, saúde e serviços sociais (23,6%).
Uma em cada dez pessoas fora da força de trabalho sofre de depressão.
Tanto no domínio da população de 18 anos de idade quanto no da população ocupada desta mesma faixa etária, as mulheres apresentaram prevalências de diagnóstico de depressão mais elevadas que os homens (10,9% e 10,1%, respectivamente, frente a 3,9% e 3,3% para os homens).
Entre os ocupados, a idade da pessoa e o diagnóstico de depressão aumentavam juntos até o grupo etário de 60 anos ou mais, quando a prevalência de depressão voltava a reduzir. Entre as pessoas de 40 a 59 anos, 8,2% tiveram diagnóstico de depressão, enquanto para aqueles com 60 anos ou mais de idade, 7,4%.
As três doenças crônicas não transmissíveis mais comuns na população em geral foram hipertensão arterial (31,3 milhões de pessoas), colesterol alto (18,4 milhões) e problema crônico de dor nas costas (27,0 milhões). Nos três casos, as prevalências eram maiores entre as pessoas ocupadas do que entre as desocupadas. As pessoas fora da força de trabalho registraram os maiores percentuais, pois o grupo é composto por pessoas com idade avançada, faixa etária em que as doenças crônicas são mais presentes, especialmente para pessoas de 65 a 74 anos de idade (25,5% ou 2,9 milhões de pessoas com colesterol alto; 52,7% ou 6,0 milhões com hipertensão arterial e 28,9% ou 3,3 milhões com problema crônico de coluna).
Quanto à ocorrência de DORT (Distúrbio Osteomolecular Relacionado ao Trabalho), a diferença foi pequena entre os ocupados (2,8% ou 2,5 milhões) e os desocupados (2,6% ou 129 mil).
32,5% da população ocupada tinha plano de saúde médico ou odontológico.
Em 2013, a proporção de pessoas ocupadas que dispunham de algum plano de saúde médico ou odontológico (32,5% ou 30,2 milhões de pessoas) superava a das desocupadas (16,3% ou 926 mil) e a daqueles fora da força de trabalho (24,7% ou 15,3milhões). Entre os ocupados, 41,2% tinham seus planos de saúde pagos pelo titular através do trabalho atual ou anterior (12,4 milhões), enquanto os planos de 41,0% dos desocupados eram pagos pelo empregador de outra pessoa, titular do plano (380 mil).
Nos 12 meses que antecederam a pesquisa, 70,5% das pessoas com 18 anos ou mais consultaram um médico (113,1 milhões) e 44,9% delas, um dentista (72,1 milhões). Entre as pessoas fora da força de trabalho, esses percentuais chegaram a 74,9% (46,3 milhões) e 39,2% (24,2 milhões), respectivamente.
No mesmo período, 8,8% da população fora da força de trabalho precisou ser internada em hospitais por pelo menos 24 horas (5,4 milhões de pessoas). Entre os ocupados, o percentual foi de 4,8% (4,5 milhões) e, entre os desocupados, 4,2% (239 mil).
Entre a população ocupada, 12,6% já tiveram dengue e foram diagnosticados por um médico, o que equivale a cerca de 11,7 milhões de pessoas. Para o total das pessoas com 14 anos ou mais, a PNS já havia divulgado que essa prevalência era de 12,0%.
13,5% dos ocupados que não fumavam e que trabalhavam em locais fechados eram fumantes passivos.
Em 2013, 14,7% das pessoas de 18 anos ou mais fumavam tabaco (21,5 milhões) e 14,5%, cigarro (21,2 milhões). Entre as pessoas ocupadas, os fumantes de tabaco correspondiam a 15,2% (13,7 milhões) e entre os desocupados, 17,4% (868 mil). Para as pessoas fora da força de trabalho, o percentual era menor (13,5% ou 6,9 milhões). Das pessoas que não fumavam e que trabalhavam em ambientes fechados, 13,5% estavam expostas ao fumo passivo no local de trabalho (7,6 milhões).
Desocupados se exercitam mais
no âmbito do trabalho, são considerados indivíduos fisicamente ativos aqueles que andam a pé, fazem faxina pesada, carregam peso ou realizam outra atividade física que requeira esforço físico intenso, sendo estas atividades vinculadas ao exercício do trabalho, por 150 minutos ou mais na semana. No Brasil, 14,0% das pessoas de 18 anos ou mais eram ativas no trabalho (20,5 milhões). No lazer, 22,5% das pessoas praticavam o nível recomendado de atividade física (32,9 milhões).
Em relação à condição no mercado de trabalho, 25,2% dos ocupados (22,7 milhões), 31,1% dos desocupados (1,6 milhão) e 16,8% das pessoas fora do mercado de trabalho (8,6 milhões) praticavam o nível recomendado de atividade física no lazer.
Consumo abusivo de álcool atinge 20,5% dos desocupados e 17,6% dos ocupados.
As populações ocupada e desocupada não registraram comportamento diferenciado em relação ao hábito de consumir bebida alcoólica. Entre as pessoas ocupadas, 33,1% consumia bebida alcoólica uma vez ou mais por mês (29,8 milhões) e 30,0% consumiam uma vez ou mais por semana (27,0 milhões). Entre os desocupados, estes percentuais eram, respectivamente, 33,3% (1,7milhão) e 30,8% (1,5 milhão). Entretanto, a proporção de pessoas com consumo abusivo de álcool nos últimos 30 dias anteriores à pesquisa foi de 17,6% para as ocupadas (15,8 milhões) e 20,5% para as desocupadas (1,0 milhão). Foi considerado consumo abusivo de álcool a ingestão de cinco ou mais doses de qualquer bebida alcoólica para homens e quatro ou mais doses para mulheres em uma única ocasião.
A população fora da força de trabalho apresentou proporções menores de consumo de álcool. Esse fato pode estar relacionado à idade, uma vez que, na população de 60 anos ou mais, 14,2% costumavam ingerir bebida alcoólica, e este grupo etário compõe parte significativa das pessoas fora da força.
A população desocupada apresentou percentual menor de pessoas com consumo regular de feijão (69,3% ou 3,5 milhões) e de peixe ao menos uma vez ao dia (52,0% ou 2,6 milhões). Por outro lado, o consumo de frutas e hortaliças (39,7% ou 2,0 milhões), de leite com teor integral (65,0% ou 3,3 milhões) e de refrigerantes açucarados (30,6% ou 1,5 milhão) entre os desocupados foi maior do que o observado para as populações ocupada e fora da força.
No que tange aos hábitos alimentares, os determinantes de uma boa alimentação estão mais associadas ao sexo, idade e escolaridade das pessoas do que à condição no mercado de trabalho. Além disso, quanto maior o nível de escolaridade e o grupo de idade, melhor tende a ser o hábito de consumo alimentar.
Revista Proteção / IBGE.
Para uma categoria profissional a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado e, quem não luta pelo seu direito, não é digno dele.
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