É FALTA DE PREPARO OU DE INTERESSE DA CLASSE?

 



A vida nos coloca em situações todos os dias que exigem de cada um de nós, segundo nossa capacidade, um comportamento e uma resposta a tudo que acontece.

Pelas circunstâncias, somos continuamente convidados a participar de tudo que ocorre a nossa volta, mas nem sempre optamos pela participação e às vezes decidimos apenas assistir arrumando "mil formas" de justificar essa nossa relativa facilidade de omitir essa participação.

Entre os mais fáceis argumentos (ou desculpas), um dos que utilizamos forma mais frequente é dizer (ou pensar): “Não fiz isso ou aquilo por que eu não estava preparado”... Quando dizemos isso, muitas vezes o fazemos com tal veemência que passamos a acreditar nessa meia verdade.

Essa afirmação age como um eco em nossas mentes, estando sempre pronta em todas as situações que possa exigir um pouquinho mais de nós. Neste momento, cabe pensar um pouco sobre a frase título deste artigo: seria falta de preparo ou falta de interesse da classe?

Será que não estamos repetindo este pensamento e essa falsa convicção de que "não estamos preparados" muito mais do que deveríamos?

Não estará à falta de interesse patrocinando nossa incapacidade de aprender e de se preparar para o que quer que seja?

São perguntas que merecem um questionamento bastante subjetivo e uma análise preocupada de nossa parte.

Acredito que valha pena pensar com qual frequência deixamos de realizar as coisas por "falta de preparo".

Vale considerar que quando repetimos muito alguma coisa, passamos a acreditar nela como de fosse uma verdade imutável, apenas em decorrência da insistência com a qual fazemos de certos pensamentos uma âncora que nos deixa seguro (demais) no mesmo lugar. Até parece que não conseguimos, não podemos (ou não queremos) pensar diferente e vamos vivendo assim: sem fazer nada de novo, sem causar transformações ou sem realizar qualquer pequena mudança muitas vezes necessária ao nosso crescimento e desenvolvimento técnico profissional.

E Por que agimos assim?

A resposta reside no fato de que (de forma geral) demonstramos interesse apenas por aquilo que não nos dê trabalho ou que não gere grandes esforços de nossa parte. Mais uma vez preferimos ficar em nossa zona de segurança e conforto a tentar mudar alguma coisa. Mas, sabemos em nosso íntimo, que não nos cabe reclamar, quando temos consciência de que a falta de preparo é na verdade falta de interesse em aprender e em desafiar nossos limites buscando a contínua superação.

O fato é que nem todos sabem lidar com o sentimento de insegurança, acabamos por preferir não aprender de que correr os riscos de um resultado incerto. Preferimos não aprender de que ser julgados por não ter feito algo bem.

Afinal, sempre podemos dizer que "não sabíamos o suficiente sobre aquilo" ou que "não estávamos preparados". Assim, optamos por permanecer em estado de acomodação, pois a comodidade é "mãe" daquilo que é fácil e "avó" da lentidão e da preguiça, passa a ser nossa conselheira, pois preferimos não mudar as coisas por ser mais fáceis àquilo que estão as nossas mãos.

Devemos arrumar formas de fazer surgir em nós o interesse em aprender e se tornar preparado e de prontidão para aquilo que a vida nos reserva.

A capacidade é muito mais do que mera característica ou traço marcante nas pessoas. É na verdade uma pré-disposição e ao mesmo tempo um estado de espírito, pois nos torna aptos a aprender, compreender e assimilar a massa de informações que nos cerca.

E você... Como anda sua vida? Como anda seu preparo e principalmente seu interesse pelas coisas da sua profissão?

Quero terminar esta reflexão dividindo um pensamento:

Quanto mais interessados e unidos forem os profissionais de uma determinada categoria, mais interessante será a vida financeira e profissional de cada um deles.

Pense nisso e, até a próxima.

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