Comunicado do presidente aos servidores da FUNDACENTRO



Procuro entender, com minha experiência profissional e política, as verdadeiras motivações e justificativas para o elevado grau de agressividade manifestado por um grupo dessa casa.

Entendo os objetivos: é importante não mudar nada aqui. 

Mas, por quê? Os diagnósticos são mais do que concordantes: a FUNDACENTRO vinha num processo lento de dissolução.

Definhava por falta de apoio externo, até num governo em que o presidente foi um operário mutilado no trabalho. 

Uns poucos sofregamente lutavam para sua manutenção numa rotina atual. Outros, como um espaço político de ocupação por subgrupos partidários.

Agarravam-se a um passado extremamente fértil e importante para os trabalhadores do Brasil para se auto-justificarem.

O prestígio externo, em círculos importantes, está em visível baixa: em reunião no TCU nos foi dito que estavam pensando numa intervenção na FUNDACENTRO. Não se enganem: por isso está sendo reorganizada a auditoria com o correto acompanhamento da CGU e do TCU. 

Fui eu quem provocou isso? Ou foi ruim encontrar alguém que entendeu claramente e mostrou que, pelo menos em parte, era decorrente da própria pratica institucional.

Onde há denuncismo, cartas anônimas, há interesses inconfessáveis. O corpo da instituição precisa se repensar para ficar saudável novamente. 

Venho de uma instituição forte, com um sindicato forte, do qual me orgulho como afiliado que sou desde a sua criação e com o qual jamais tive qualquer problema, inclusive como dirigente. Para que possa trabalhar por nós, contribuo com dois por cento dos meus vencimentos, hoje de aposentado.

Divergências, debates, tive por todos os lugares por onde passei. Reafirmo que a boa luta política é salutar para nossa sociedade. Mas não podemos colocar os interesses pessoais acima dos interesses institucionais. É assim que pensa um dirigente.

Estamos num processo rico de rearranjo institucional e um grupo parece ficar desesperado. A que ponto pensa chegar?

Não tenho objetivos pessoais ou profissionais aqui. Como sempre, sinto o dever e a necessidade de servir ao meu Pais, ao povo brasileiro. Estou, como sempre estive, pronto para partir para outro desafio quando for convocado: nunca pedi um cargo.

Visto, pois, a camisa institucional. As prerrogativas legais da minha investidura são expressão das conquistas democráticas da nossa sociedade, as quais tenho de defender.

Tenho a consciência tranqüila, e não sou refém dos meus erros eventuais, por isso não dou ouvido a ameaças – não há negócio com o interesse público!

Sigo o conselho do procurador da República que nos dará a honra de sua visita no próximo dia 25.

Não me intimidarão, não me constrangerão. Porque “eu” não estou em questão. Em questão estão essa instituição e a possibilidade de poder continuar trabalhando mais e melhor pela segurança e saúde dos trabalhadores do Brasil.

Já são três cartas anônimas com aleivosias, e agora um manifesto em que não encontro nenhuma assinatura – todos têm parágrafos iguais. 

Vamos acertar as contas. Todas as acusações serão respondidas a quem de direito pelo presidente da casa, que continuará praticando, enquanto tiver essa prerrogativa, todos os atos que correspondem às suas atribuições legais. 

E seus autores responderão pelos danos morais decorrentes das acusações que me atingem pessoalmente.


Em 20 de agosto de 2010.

Eduardo de Azeredo Costa

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