Ambiente de trabalho – local de conflitos e desentendimentos que afetam as pessoas e a empresa.
O ambiente de trabalho para grande maioria das pessoas passou a ser considerado como o “ambiente familiar”. Muitos não se dão conta, mas cada vez mais as pessoas demandam a maior parte das horas do dia se relacionando com colegas do trabalho, clientes e fornecedores (dentro ou fora da organização).
Considerando ainda o tempo de deslocamento entre trabalho e residência e vice-versa, conclui-se que o tempo que passamos em casa é proporcionalmente irrisório, haja vista que do resto das horas do dia (ou noite) que estamos em casa ficamos, até para se recompor física e mentalmente, dormindo.
É uma rotina interminável e que se não for bem administrada, acaba por gerar um estado de desânimo, cansaço, insatisfação, falta de realização, que pode nos afetar diuturnamente, seja no desenvolvimento das atividades, no relacionamento com os colegas ou superiores e até em nossa saúde física e mental.
Os conflitos existentes no ambiente de trabalho, somados aos do ambiente familiar (casal, namoro, solidão, parentes), geram um alto grau de estresse, sendo este uma das principais causas de desentendimentos nas organizações.
Por vezes nos flagramos contendo aquela vontade de “rasgar o verbo” com algum colega, subordinado ou chefe, um palavrão que chega até a ponta dos lábios, mas num movimento quase inconsciente de defesa, aquela ofensa volta a repousar em nossa mente, deixando a emoção e resgatando a razão para resolver a situação.
Antes de qualquer conclusão precipitada sobre o comportamento e atitudes dos outros, precisamos estar cientes de que somos seres humanos, sujeitos a erros e acertos, a transformações de pensamentos e comportamentos, mudanças estas que fazem parte do próprio relacionamento interpessoal.
Se por um lado parece insustentável permanecer num ambiente em que todos parecem estar contra você, por outro encarar as dificuldades e desentendimentos de frente pode ser uma importante ferramenta para se autopromover, ora por demonstrar que está pronto para lidar com conflitos frente aos colegas, ora por usar habilidades e solucionar problemas que o coloca em posição de assumir maiores responsabilidades na hierarquia da empresa.
Não pense que a solução seja fugir destes conflitos. Qualquer ambiente organizacional é formado por conflitos, interesses pessoais ou coletivos que impulsionam os profissionais a fazer ou deixar de fazer alguma coisa. Ficar pulando de galho em galho na busca da empresa sem conflitos irá demonstrar, na verdade, que possui dificuldade de adaptação, pouca flexibilidade e dificuldade em relacionamento. Em que pese haja empresas com um ótimo clima organizacional, tenha certeza de uma coisa, não há empresa sem conflitos.
Noutro vértice está a atitude da empresa em buscar detectar tais conflitos, se utilizar de ferramentas disponíveis no mercado de modo a fazer com que o impacto destes supostos desentendimentos seja o menor possível. Convergir as competências e habilidades profissionais das pessoas para um único objetivo (lucro) é o papel dos Gestores e da companhia.
Entretanto, este objetivo não deve ser a todo custo onde o fim justifique os meios. Este processo deve ser de forma harmoniosa e com reciprocidade (onde todos ganham), como a fonte da sustentabilidade para o atingimento das metas.
Embora pareça um desatino, o conflito é necessário. É como as dificuldades que atravessamos em nossa vida pessoal. Daí é que surgem novas ideias, novas formas para solução de problemas, nova visão daquilo que se busca pessoal e profissionalmente.
A busca por uma eventual vaga que um dia irá surgir na organização não deixa de ser um conflito, sadio claro, onde dois ou mais profissionais estão se esforçando, se dedicando, se empenhando para conseguir a vaga. Este esforço conjunto, ainda que se possa entender como uma “briga” interna, retrata na prática, ações conjuntas de maior produtividade.
A grande dificuldade que as empresas encontram é justamente o equilíbrio entre um ambiente de conflito sadio e o ambiente negativo, de “guerra”, onde interesses pessoais sobrepõem o interesse da companhia. São estas situações que exigem uma intervenção de uma equipe (RH, consultores internos ou externos) que possam identificar e restabelecer um ambiente organizacional equilibrado, voltado a missão, visão e valores da organização.
Guia Trabalhista.
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