Estamos obesos de informação e anoréxicos de insights – Pura Reflexão.
Estes dias eu estava conversando com uma jovem senhora de 96 anos - não sei você mas eu amo ouvir pessoas mais velhas, em nossa conversa eu fiz perguntas sobre a vida, sobre valores, sobre decisões e principalmente sobre a fé.
Essa jovem senhora me falava da vida vivida e não da vida vista pela janela (redes sociais). Sair dessa conversa com algumas certezas e muitas dúvidas - em que ela não respondeu, seu olhar de compaixão dizia pra mim: filho, isso você precisa viver.
A vida raiz é a vida experimentada, com experiência real.
Nada substitui as cicatrizes. Se alguém vem me ensinar a andar de moto, a primeira pergunta que faço é: quantas vezes você caiu?
Mostra-me as cicatrizes. Deixam-me ver as rugas, as marcas do tempo? Eu busco a experiência de quem viveu na prática aquilo que ensina.
Ler, assistir ou ouvir, é legal, mas não basta.
Quem estuda o assunto, diz que ao longo da vida, apenas 25% do conhecimento que adquirimos é explícito. 75% são implícitos. Tem de botar a mão na massa, tomar o tombo, ganhar a cicatriz…
Um antigo livro de Joelmir Beting tinha um título que sempre me fascinou: na prática, a teoria é outra.
Por isso, sempre faço uma recomendação:
Respeite quem tem experiência. Mesmo que a pessoa não fale 4 idiomas, não tenha diploma no exterior, não saiba mexer no tablet, não tenha canal no Youtube ou não faça ideia do que seja Dragon Ball, ela caiu com a moto.
Aquela cicatriz vale infinitamente mais que as celeumas das teorias digitais.
Rodrigo Silva
Diretor de Operações na Excelenzia Group.
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