ACIDENTE COM A PLATAFORMA P-36 – quem lembra?



Na época, eu técnico em segurança do trabalho da Ultratec, (montadora e operadora da plataforma), fazia parte da equipe de segurança terceirizada desta majestosa plataforma de petróleo sediada primeiramente na baia da Guanabara e posteriormente removida para ser fundeada em sua locação definitiva no campo de Roncador, na Bacia de Campos a +-130 km do continente, onde entrou em operação.

Eu trabalhava lá na Ultratec, uma experiência indescritível, fazer parte da equipe de uma empresa que finalizava a montagem e iniciou de operação da maior plataforma semi-submersível do mundo e quando a plataforma explodiu e afundou, embora no final do torno 15x15, já no dia do desembarque, por graça e obra do senhor, fui chamado pela gerencia da Ultratec para resolver algumas questões técnicas operacionais no base central da empresa, no bairro Granja dos Cavaleiros, Macaé RJ, portanto, eu não estava dentro da plataforma em 15 de março mas, sim na condição de embarcado, mas, no momento daquele trágico acidente que devido a hora da ocorrência 00h20minh encontrava-me no alojamento da empresa dormindo o sonho dos justos quando fomos acordados com a noticia que até hoje procuramos esquecer. Graça a Deus.

Marcio Santiago Vaitsman

Em 2001, explosão da plataforma P-36 deixou 11 mortos na Bacia de Campos. Maior do país na época e avaliada em US$ 350 milhões, embarcação da Petrobras afundou.

Maior plataforma de produção de petróleo em alto-mar à sua época, a P-36 tinha a dupla função de servir como um instrumento importante para exploração petrolífera na costa brasileira, mas igualmente como um ícone da importância e tamanho da Petrobras. Tratava-se de uma megaestrutura operacional que custou à estatal brasileira US$ 350 milhões.

Sua construção exigiu técnicas inéditas de engenharia e a realização por etapas em locais distintos. Começou pelo casco, na Itália, em 1995, e foi concluída no Canadá, em 2000. Começou a ser operada pela Petrobras em 2000 no campo de Roncador, na Bacia de Campos. Localizavase a 130 quilômetros da costa do Rio de Janeiro e produzia cerca de 84 mil barris de petróleo por dia.

Em 15 de março de 2001, durante a madrugada, ocorreram duas explosões, afetando uma das colunas da plataforma. Na hora do acidente, havia 175 pessoas a bordo, das quais 11 morreram. Os mortos eram todos integrantes da equipe de emergência. O acidente acabou por provocar uma inclinação de 16 graus na plataforma, devido ao alagamento de parte de seu compartimento após a explosão.

Os engenheiros da Petrobras tentaram, em vão, várias técnicas para aprumar a plataforma e evitar o afundamento da estrutura. Por fim, no dia 20 de março, a P-36 naufragou a uma profundidade estimada de 1.200 metros e com um reservatório de 1.500 toneladas de óleo a bordo. Após um período de investigação sobre as causas do acidente, a Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) concluiu que o acidente se deveu à “não conformidade quanto a procedimentos operacionais, de manutenção e de projeto”.

À época houve acusações do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-RJ), que geraram investigações envolvendo o ex-presidente da Petrobras Joel Rennó e Gérman Efromovich, empresário que prestava serviços de manutenção submarina para a estatal. O sindicato acusava irregularidades nas operações e nos contratos, mas, após depoimento no Congresso, não se chegou a uma conclusão.



acervo.globo.com

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