HORA EXTRA – Leia o Jornal Securito.

Não consigo entender as empresas que têm como hábito a utilização da hora extra.
É compreensível a necessidade para as situações extraordinárias, mas como aceitar as empresas que usam a hora extra como forma de complementar sua produção?
 Caso trabalhem numa empresa que tem esta forma de gestão, veja o quanto não tem lógica.
Como pode ser rentável para uma empresa pagar uma hora que é mais cara (de acordo com o §1o do art. 59 da CLT, pelo menos 50% superior à hora normal), para um trabalhador que estará proporcionalmente produzindo menos (pois já trabalhou durante todo o dia e estará cansado, há vários estudos comprovando este fato), com maior probabilidade de erros, conseqüentemente grande probabilidade de queda na qualidade do produto e aumento do absenteísmo.
Não estou nem levando em consideração as restrições legais desta prática, pois sabemos que várias são as empresas que ultrapassam às duas horas legais. Ou seja, com raras exceções a única explicação concebível é a completa desorganização decorrente da falta de planejamento, seja por estar vendendo acima de sua capacidade produtiva ou por inúmeros erros que forçam as horas complementares. Algum gestor pode dizer: - Mas o trabalhador gosta, pois há um aumento no seu salário.
Lógico que sabemos que isto é verdade, mas não é um consenso para todos os trabalhadores. 
No entanto, ainda que fosse uma posição unânime, a empresa não pode utilizar deste suposto benefício ao trabalhador, pois em contraponto pode acabar trazendo prejuízo para a sua saúde e segurança.
É esperado o aumento do número de acidentes e das conseqüências para a saúde do trabalhador, atuando cada dia mais cansado, em contínuo processo de fadiga física e mental.

Fonte: – Jornal Securito, edição 62.

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