AIRBAG SÓ REDUZ LESÃO EM 59% DOS CASOS - DDS.
Airbag
reduz lesão em 59% em caso de acidentes, mas não abre em toda colisão, sensores
instalados em diferentes pontos do carro só acionam as bolsas de ar referentes
ao tipo de acidente. O ator Morgan Freeman sabe disso: no início deste mês, ele
sofreu um grave acidente de carro nos EUA, foi salvo pelo cinto de segurança,
mas sofreu lesões nos braços.
Sua
Nissan Máxima 1997 era equipada com Airbag frontais, que não abriram na hora do
capotamento, se o sistema tivesse funcionado, reduziria o risco de ferimento em
59%, segundo estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde).
A
Nissan americana, por e-mail, não explica por que o Airbag não funcionou, só
afirma que não seria apropriado comentar o assunto, pois não está envolvida nas
investigações.
Segundo
André Horta, analista de segurança do Cesvi (Centro de Experimentação e
Segurança Viária), o Airbag só é acionado quando o veículo está acima de 16
km/h e sensores, geralmente instalados na dianteira, detectam uma desaceleração
violenta ou uma deformação do chassi por impacto.
A
maioria dos Airbag, porém, não é acionada em qualquer batida, de acordo com a
fabricante TRW Automotive,
só se o veículo capotar, por exemplo, os Airbag de cortina (que protegem a
cabeça) serão acionados, no acidente de Freeman, nem os dianteiros se encheram
de ar.
Para
assessor técnico da Volvo, é possível que os sensores não tenham a mesma
"leitura" da desaceleração, que, nos carros da marca sueca, precisa
ser de 3G (três vezes a força da gravidade).
Assim,
esses sensores não "avisariam" a unidade controladora do Airbag para
liberar o gás que infla as bolsas em 30 milissegundos.
Em
até 150 milissegundos, elas já estão murchas de novo - um piscar de olhos dura
100 milissegundos.
Nos
Volvos, há um sensor de ocupante - percebe se há passageiro na frente para
acionar ou não a bolsa- e outros nas colunas "B" e nas portas, para
Airbag laterais e de cortina.
Outra
hipótese para o acidente do ator é que o Airbag não estivesse funcionando, o
carro que dirigia já tinha 11 anos, um a mais do que a vida útil das bolsas.
Nesse
caso, devem ser trocadas, e não reparadas.
No
Brasil, apenas 1 em cada 5 carros novos estão equipados com Airbag frontais. Entre os
"populares", a média cai para 5%.
"É
preciso encomendar e esperar pelo carro nessa configuração", afirma o
gerente de marketing da empresa.
"A
pouca oferta de modelos com Airbag para pronta entrega inibe o consumo, mesmo
para quem busca segurança."
Folha de S. Paulo.
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