Conheça os números da Fiscalização do Trabalho em 2013.
A Secretaria de Inspeção do Trabalho - SIT divulgou, no
site do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, os resultados da Fiscalização
do Trabalho de 2013. No ano passado, os Auditores-Fiscais registraram, sob ação
fiscal, 38.852.952 trabalhadores em todo o Brasil.
A maioria dos resultados ultrapassaram as metas
estabelecidas. Nas operações do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, 1.658
trabalhadores foram resgatados de condições análogas as de escravos. Em 2012,
os Auditores-Fiscais retiram 2.354 pessoas dessa situação.
No levantamento, consta um total 2.719
Auditores-Fiscais do Trabalho em atividade. E mesmo com o número defasado,
275.139 empresas foram fiscalizadas, dentre elas, 66.231 autuadas e lavrados
155.941 autos de infração. Isso significa que, em média, cada Auditor-Fiscal
atuou em mais de 100 empresas em 2013.
Na área rural, 22.541 trabalhadores foram registrados e
160.256 aprendizes e 40.897 pessoas com deficiência, inseridos no mercado de
trabalho formal. No combate ao trabalho infantil, 7.432 crianças e adolescentes
foram retirados de atividades laborais. O valor total de arrecadação do Fundo
de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS foi de R$ 332.293,17. No ano passado,
R$ 309.012,41 foram recolhidos.
SST:
Na área de Saúde e Segurança, a Fiscalização do
Trabalho analisou 2.489 acidentes, realizou 143.263 ações fiscais, 5.680
embargos e interdições, 112.977 autuações e 135.546 notificações. A maioria das
operações foi realizada no setor de serviços: 40.644, seguido pela Construção
(31.784) e agricultura (11.056). Foram alcançados 22.100.810 trabalhadores. Em
2012, 1.902 acidentes foram analisados e com alcance de 18.810.932
trabalhadores.
Metas:
O número de ações da Fiscalização para Erradicação do
Trabalho Escravo não alcançou as metas estabelecidas. No ano passado, foram
realizadas 162 operações e a meta era de 225.
O mesmo aconteceu no número de acidentes de trabalho
analisados: a meta era 2.600 e o resultado de 2013 foi 2.489.
Na opinião da presidente do Sinait, Rosa Jorge, os
Auditores-Fiscais do Trabalho podem ser comparados a "heróis, pois com
esse número tão reduzido em todo o país, têm procurado de todas as formas,
cumprir as metas quantitativas".
Ela ressalta que as ações e resultados vão além dos
números frios que aparecem nas estatísticas do Sistema de Fiscalização do
Trabalho - SFIT, pois as atividades resgatam a cidadania de milhares de
trabalhadores.
Contribuem para isso o combate ao trabalho infantil, ao
trabalho escravo e à discriminação no trabalho; a inclusão de pessoas com
deficiência, a prevenção aos acidentes de trabalho, entre outras. "São
essas ações que dão alento, esperança e crédito à Inspeção do Trabalho como
promotora das mudanças sociais", diz ela.
As ações da Auditoria-Fiscal do Trabalho servem,
também, de sustentação necessária para que outros agentes públicos concretizem
suas atividades. Esse é o caso dos procuradores do Trabalho e Federais, e dos
Advogados da União, que precisam dos autos e relatórios dos Auditores-Fiscais
do Trabalho para promoverem suas ações.
Outros agentes, meramente arrecadadores, também se
beneficiam da atividade de fiscalização, geradora de base para incidência de
diversos tributos pagos aos cofres públicos.
"É responsabilidade do Poder Público dotar a
Inspeção do Trabalho de número suficiente de Auditores-Fiscais para dar conta
da demanda que a sociedade reclama. O aumento do número de Auditores-Fiscais do
Trabalho é urgente e imperioso", conclui a presidente Rosa Jorge.
Revista Proteção.
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