Segurança como fator estratégico no sucesso da empresa.
Se
a atividade da empresa não se pautar por normas de segurança rigorosas,
qualquer dos objetivos mencionados, tanto isoladamente como no seu conjunto,
poderão ser seriamente afetados.
Entenda-se
que a prevenção é fundamentalmente a consciência dos riscos, a segurança é a
utilização prática dos meios capazes de dominarem ou controlarem esses mesmos
riscos.
Não
se pode considerar a prevenção e a segurança no trabalho como dizendo respeito
exclusivamente aos acidentes de trabalho como danos materiais e pessoais. Este
é um aspeto muito particular de um problema muito mais vasto e complexo que é o
da prevenção e segurança contra as anomalias possíveis que podem afetar a
segurança da Empresa em termos de produção.
Poderá
dizer-se que os acidentes resultam de um encadeamento lógico das causas, que de
uma forma súbita e brutal afetam a produtividade normal de um determinado setor
da Empresa.
Se
considerarmos numa fábrica química a falta de manutenção oportuna, a corrosão
ou desgaste de materiais, associada a uma deficiente condução do processo
fabril, estão criadas as condições para ocorrer uma avaria grave na fábrica, o
que não obriga a danos pessoais mas que constitui, em nosso entender, para além
de uma deficiente segurança, um prejuízo fabril com repercussão na
produtividade da Empresa.
Do
que referimos, uma avaria ou um acidente, porque disso de fato se tratou,
poderá provocar danos pessoais ou materiais ou ambos, mas poderá apenas
constituir razões para sérios avisos e justificações para a deficiente qualidade
dos aumentos de custo, senão mesmo, melhor dizendo, dos prejuízos da Empresa.
Os acidentes de trabalho com danos pessoais são normalmente a ponta do
"iceberg" que esconde as verdadeiras razões do insucesso da Empresa.
Eles são consequências lógicas de deficiências técnicas ou deficiente
preparação dos seus técnicos e trabalhadores para o cabal exercício da sua
atividade.
A segurança para além de ser uma atividade pluridisciplinar tem de ser
realizada de forma integrada, não podendo excluir quando da procura de soluções
técnicas a intervenção dos especialistas mais adequados à minimização dos
riscos potenciais.
Para se levar à prática o controlo de uma determinada situação de risco não
implica forçosamente a utilização do equipamento de proteção individual mas
fundamentalmente a utilização dos meios técnicos operacionais mais adequados ao
controlo dos riscos, fazendo intervir o pessoal mais apto para o sucesso na
consecução do trabalho, porque foi mais rápido, mais seguro e de melhor
qualidade.
É
de ter presente que a utilização do equipamento de proteção individual ou
coletivo é como que a confissão tácita de que tecnicamente não se conseguiram
dominar os riscos potenciais contra os quais esse equipamento pretende dar
garantias de proteção.
Há,
portanto, que envidarem-se todos os esforços no sentido de que tecnicamente se
criem as condições de trabalho favoráveis à máxima segurança possível, quer
para as instalações quer para os homens e mulheres que nelas trabalham ou
operam. Só assim é possível recomendar a utilização do equipamento de proteção
estritamente necessário face aos riscos não controlados.
Este
pequeno apontamento leva-nos a admitir que a segurança não tem qualquer
significado em si mesma, mas que ela deve fazer parte integrante da atividade e
responsabilidade de cada gestor, chefe, encarregado ou simples trabalhador,
sendo exercida em cada nível de competência com a mesma responsabilidade com
que assume as suas decisões ou exerce a sua atividade profissional.
Em
resumo: a segurança deve ser vivida dentro da própria atividade fabril, ou
outra, envolvendo todos os agentes ativos desde a direção aos mais humildes
executantes.
Revista
Proteção.
“Prevencionista,
se você gostou, seja um seguidor e compartilhe com seus amigos e um dia verá
que essa atitude fez parte da sua história”.
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