QUANTO CUSTA UM ACIDENTE? – DDS.
A modernidade invade as empresas brasileiras, a qualidades dos produtos representam a principal arma na lucratividade final e os acidentes do trabalho continuam a interferir no andamento normal da produção.
Os problemas econômicos derivados dos acidentes do trabalho atingem a todos os empresários, trabalhadores e a nação de modo geral.
Assim, o acidente do trabalho representa um custo social e privado, e as empresas são as mais atingidas pelas consequências antieconômicas dos acidentes de trabalho.
Podemos dizer mesmo que, via de regra, as empresas desconhecem os prejuízos que tem com os acidentes e às vezes seus dirigentes nem imaginam em quanto os acidentes oneram os custos dos seus trabalhos ou produtos.
No Brasil, uma parcela do custo é de responsabilidade da empresa seguradora (INSS), pois as empresas, por imposição legal, são obrigadas a manter seus empregados segurados contra acidentes do trabalho.
Tal parcela constitui o que se denomina CUSTO DIRETO, ou propriamente dito custo segurado dos acidentes.
Há, porém outra parcela, não rara, maior que a anterior que é de responsabilidade exclusiva do empregador, chamada CUSTO INDIRETO ou custo não segurado do acidente.
EX. CUSTO DIRETO OU SEGURADO:
Despesas médicas, hospitalares e farmacêuticas necessárias na recuperação do acidentado;
Pagamento de diárias e indenizações;
Transporte do Acidentado.
EX. CUSTO INDIRETO OU NÃO SEGURADO:
Despesas com material nos reparos dos danos;
Despesas com mão de obra na manutenção corretiva do equipamento acidentado;
Prejuízos pelas horas improdutivas em decorrência do acidente (LUCRO CESSANTE).
As empresas brasileiras (urbanas e rurais) se transformam em verdadeiros campos de batalha, a cada ano, cerca de 750 mil trabalhadores são vítimas de acidentes de trabalho.
Deste total, 5 mil morrem e 20 mil ficam mutilados, sem condições de volta à atividade profissional.
Nessa guerra diária, 400 mil dão baixas do trabalho por pelos menos 15 dias, em função de algum tipo de acidente, e outros 280 mil são obrigados a ficar fora de ação por um período que pode variar de 15 dias a alguns anos.
Alem do drama humano, este exército de acidentados custa ao país 6 bilhões de dólares por ano, segundo cálculos do Ministério do Trabalho.
Muitas empresas brasileiras, no entanto, estão longe de perceber o prejuízo que sofrem em função de não darem condições seguras de trabalho a seus funcionários.
O custo indireto de cada trabalhador acidentado e quatro vezes maior que o custo direto do acidente.
Sob o aspecto humano, poderemos afirmar que a preservação da integridade física, da vida e do prazer pelo trabalho são dádivas para o empregado e sua família, mais do que isto, é o seu próprio direito previsto na CLT.
Lembre-se disso: Segurança do trabalho é responsabilidade de todos.
Para uma categoria profissional a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado.
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