Prevenção nas Indústrias Brasileiras e demais Setores


Nessa, onde entra o Técnico em Segurança do trabalho?

No Brasil, a Segurança do Trabalho ainda vive sob um paradoxo, nas indústrias de médio e grande porte, a presença do Técnico em Segurança do Trabalho costuma ser mais sólida.

Há estruturas formais, comissões internas (CIPA), programas como o PGR e o PCMSO implementados, além de políticas de EPI e treinamentos periódicos. Isso se deve, em parte, à pressão normativa, à visibilidade do setor e ao risco intrínseco das atividades industriais onde um acidente pode ter efeitos catastróficos imediatos.

Por outro lado, nos demais setores, como comércio, serviços, agronegócio e até startups, a prevenção costuma ser tratada como um custo evitável, e não como um investimento estratégico.

Mesmo em atividades de alto risco como industria petrolifera, quimica, construção civil ou transporte a presença do Técnico em Segurança do Trabalho é frequentemente limitada, terceirizada ou mal valorizada.

O problema não é só de cultura. É estrutural.

Muitas empresas fora da indústria sequer compreendem o papel do Técnico em Segurança do Trabalho, há desconhecimento ou fingem em não saber sobre a obrigatoriedade da sua contratação, sobre o impacto positivo da prevenção no desempenho e, principalmente, sobre como um Técnico bem posicionado pode ser um aliado da produtividade, e não um "fiscal do contra".

Esse descompasso revela um problema bem maior pela ausência de um Conselho Federal próprio que represente, normatize e valorize o Técnico em Segurança em todos os setores da economia.

A prevenção não pode ser um privilégio industrial enquanto os setores industriais evoluem em cultura de segurança, digitalização de processos e gestão integrada de riscos, outras áreas permanecem na informalidade, no improviso, na ausência de dados e na negligência à vida humana.

O Técnico em Segurança do Trabalho deve ser agente de mudança em qualquer setor da fábrica, da área Rural, do canteiro de obras ao call Center, dentre outros.

Por isso, venho a anos defendendo a importância da criação do Conselho Federal dos Técnicos em Segurança do Trabalho porque não é só uma pauta da categoria, e uma urgência nacional por mais prevenção, mais ética e mais valorização da vida.

"Nunca permita que outras pessoas de categoria profissional diferente da sua, venham  decidir por você" 


Marcio Santiago Vaitsman



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