Projeto que regulamenta terceirização gera polêmica.
O texto do Projeto de Lei (PL) 4.330/04 que visa regulamentar a terceirização está causando polêmica e sendo combatido por movimentos sociais, magistrados e procuradores. A proposta deve ser colocada em votação no próximo dia 9 de julho.
O Brasil hoje conta com mais de 15 milhões de trabalhadores terceirizados. Atualmente, o único instrumento legal no País que regula a terceirização no setor privado é a súmula 331, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o qual proíbe a terceirização para atividade-fim da empresa, mas a admite para atividades-meio e nos serviços de vigilância, conservação e limpeza. Já no setor público, o Decreto 2.271/97, limita a prática às atividades instrumentais, complementares e auxiliares.
Na opinião do juiz da 3ª Vara do Trabalho de Brasília, Francisco Luciano de Azevedo Frota, a proposta representa um golpe fatal no Direito do Trabalho, pois tem o escopo de precarizar direitos, permitindo contratações e subcontratações de mão de obra de forma precária e sem critério.
"O projeto admite até a ′quarteirização′, um verdadeiro cheque em branco para os empregadores, sem falar no enfraquecimento da luta coletiva pela fragmentação da classe laboral", alertou o magistrado.
O presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Carlos Eduardo de Azevedo Lima, teme que, caso o PL seja aprovado com o atual texto, haja um aumento da precarização das relações de trabalho. Numa posição mais radical está a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Ela diz que o texto "rasga" a CLT.
Diário do Comércio e Indústria.
“Prevencionista, se você gostou, seja um seguidor e compartilhe com seus amigos e um dia verá que essa sua atitude fez parte da sua história”.
Essa lei é um retrocesso total! Tomara que os legisladores tenha pelo menos um pouco de consciência. E isso é fácil, basta prestar atenção na realidade atual da terceirização...
ResponderExcluirAbraços.