AIRBAG REDUZ LESÃO EM 59% - DDS.
Airbag reduz lesão em 59% em caso de acidentes, mas não abre em toda
colisão, sensores instalados em diferentes pontos do carro só acionam as bolsas
de ar referentes ao tipo de acidente. O ator Morgan Freeman sabe disso: ele sofreu um grave acidente de carro nos EUA, foi salvo pelo
cinto de segurança, mas sofreu lesões nos braços.
Sua Nissan Máxima era equipada com Airbag frontais, que não
abriram na hora do capotamento, se o sistema tivesse funcionado, reduziria o
risco de ferimento em 59%, segundo estimativa da OMS (Organização Mundial da
Saúde).
A Nissan americana, por e-mail, não explica por que o Airbag não
funcionou, só afirma que não seria apropriado comentar o assunto, pois não está
envolvida nas investigações.
Segundo André Horta, analista de segurança do Cesvi (Centro de
Experimentação e Segurança Viária), o Airbag só é acionado quando o veículo
está acima de 16 km/h e sensores, geralmente instalados na dianteira, detectam
uma desaceleração violenta ou uma deformação do chassi por impacto.
A maioria dos Airbag, porém, não é acionada em qualquer batida, de
acordo com a fabricante TRW Automotive, só se o veículo capotar, por exemplo, os Airbag de cortina
(que protegem a cabeça) serão acionados, no acidente de Freeman, nem os
dianteiros se encheram de ar.
Para assessor técnico da Volvo, é possível que os sensores não tenham a
mesma "leitura" da desaceleração, que, nos carros da marca sueca,
precisa ser de 3G (três vezes a força da gravidade).
Assim, esses sensores não "avisariam" a unidade controladora
do Airbag para liberar o gás que infla as bolsas em 30 milissegundos.
Em até 150 milissegundos, elas já estão murchas de novo - um piscar de
olhos dura 100 milissegundos.
Nos Volvos, há um sensor de ocupante - percebe se há passageiro na
frente para acionar ou não a bolsa- e outros nas colunas "B" e nas
portas, para Airbag laterais e de cortina.
Outra hipótese para o acidente é que o Airbag não estivesse
funcionando, o carro já tinha 11 anos, um a mais do que a vida útil
das bolsas, nesse caso, devem ser trocadas, e não reparadas.
No Brasil, apenas 1 em cada 5 carros novos estão equipados com Airbag
frontais e entre os "populares", a média cai para 5%.
"Ainda é preciso encomendar e esperar pelo carro nessa
configuração", afirma o gerente de marketing da empresa.
"A pouca oferta de modelos com Airbag no Brasil para pronta entrega inibe o
consumo, mesmo para quem busca segurança."
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