Acidentes com Motociclistas a Serviço ou não das Empresas.
Nos últimos anos, o Brasil vem registrando um aumento preocupante de acidentes envolvendo motociclistas que estão a serviço das empresas. São entregadores, motoboys, cobradores, técnicos e diversos outros profissionais que utilizam a moto como instrumento de trabalho diário.
O que muitos não percebem é que, por trás de cada acidente, existe um enorme custo humano, social e financeiro. De acordo com dados recentes da Previdência Social e do Observatório Nacional de Segurança Viária, mais de 100 mil acidentes de trabalho por ano envolvem motociclistas, e boa parte deles ocorre durante o expediente ou em deslocamentos a serviço da empresa.
Esses números de acidentes refletem um grave problema:
De modo geral, o que vemos pelas ruas das cidades, é existir de forma geral, total desconhecimento das normas de trânsito e de segurança por parte dos motociclistas.
Grande parte dos motociclistas que atuam profissionalmente não possui formação adequada em direção defensiva, desconhece os limites legais de circulação, ignora regras básicas de manutenção e, muitas das vezes, trabalham sob pressão, fato que aumenta significativamente o risco de acidentes.
Além do sofrimento das vítimas e de suas famílias, há também o impacto financeiro direto ao governo, que precisa arcar com os custos de tratamentos médicos, auxílios-doença, aposentadorias por invalidez e pensões. Estima-se que os acidentes com motociclistas gerem bilhões de reais por ano em despesas previdenciárias e hospitalares.
E o problema vai além:
Acidentes que poderiam ser evitados ocupam leitos que deveriam atender outros pacientes, sobrecarregando ainda mais o sistema público de saúde.
As empresas também sentem o peso dessa realidade. Com o aumento dos índices de acidentes, há elevação no Fator Acidentário de Prevenção (FAP) e no Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), o que impacta diretamente a folha de pagamento.
Por outro lado, empresas que investem em treinamento de trânsito seguro, fiscalização de práticas de pilotagem e manutenção preventiva das motos conseguem reduzir drasticamente seus índices de sinistros e seus custos.
É urgente que se trate o tema com a seriedade que merece. A motocicleta é um instrumento de trabalho importante, mas deve ser usada com responsabilidade e conhecimento das leis de trânsito.
A falta de preparo ao pilotar moto alheado à pressa e o desconhecimento da legislação de transito, continuam sendo as principais causas de tragédias que poderiam ser evitadas.
Outra vez, a prevenção é o melhor caminho e começa pela educação no trânsito e além das vidas perdidas, os acidentes evitáveis lotam hospitais e impedem um melhor atendimento de urgência.
Marcio Santiago Vaitsman
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