Quando o trabalho oferece risco à saúde e à vida.
Cada profissão tem seu risco, mas há algumas que expõem mais o trabalhador a riscos de perdas da capacidade laboral, acidentes e até de morte.
No topo dessa lista estão os eletricistas, que trabalham nas linhas vivas das redes de alta tensão; os técnicos em raio-x, pelo risco das radiações; e os que lidam diretamente com produtos inflamáveis, os frentistas por exemplo.
Essas três atividades são perigosas ou na linguagem técnica, de alta periculosidade.
Segundo o engenheiro civil Antônio Manicardi, especializado em Segurança e Medicina do Trabalho, a distinção dos termos periculosidade e insalubridade ainda causa muita confusão.
Insalubridade:
Essa falta de clareza não implica apenas numa questão semântica, mas em prejuízos à saúde do trabalhador.
Atividades insalubres são aquelas que expõem o funcionário a limites intoleráveis de agentes que prejudicam a saúde como barulho, a poeira e aos gases, por exemplo.
No ranking dos ambientes mais hostis à saúde estão os profissionais que trabalham em clínicas, hospitais e laboratórios. "Eles lidam com agentes biológicos, pacientes portadoras de doenças transmissíveis, entre outros".
O engenheiro explica que, em um mesmo ambiente, é possível encontrar diferentes níveis de risco ocupacional.
Em um açougue, por exemplo, o trabalhador que permanece por mais tempo numa câmara fria, a temperaturas de dez graus negativos, está mais exposto a riscos de saúde do que outro colega que atende o consumidor e que esporadicamente vai até essa câmara.
"O tempo de exposição é um dos aspectos que deve se levar em conta na questão insalubridade", reforça.
O rompedor de concreto, que opera uma máquina que produz um barulho ensurdecedor, sofre mais que seu auxiliar. "O ruído das vibrações é uma exposição permanente à insalubridade.
Já o auxiliar sente em grau menor. Mas só o laudo técnico vai definir essas diferenças", avisa.
Estresse:
O mal que se instala a médio e longo prazo é outra característica de insalubridade.
Uma atendente fala com pessoas o dia todo e ao final do dia está coberta de saliva", exemplifica. "A perda auditiva é um dos riscos de quem trabalha ao telefone", completa o engenheiro.
Ao comentar sobre um mal presente em quase toda atividade, o estresse, Manicardi diz que a Espanha é um dos únicos países que leva em conta esse risco, caracterizado como penosidade (sofrido, difícil ou complicado).
No Brasil, o estresse não é reconhecido como risco da profissão.
"O mercado de trabalho evoluiu muito, mas a observância com relação à saúde do trabalhador não acompanhou esse ritmo.
Mudou em relação a cinco anos atrás, porque se percebeu que os treinamentos e capacitações aumentam a produtividade e qualidade.
Trabalhar tranquilo e protegido é uma motivação profissional", conclui.
O Diário.com
No topo dessa lista estão os eletricistas, que trabalham nas linhas vivas das redes de alta tensão; os técnicos em raio-x, pelo risco das radiações; e os que lidam diretamente com produtos inflamáveis, os frentistas por exemplo.
Essas três atividades são perigosas ou na linguagem técnica, de alta periculosidade.
Segundo o engenheiro civil Antônio Manicardi, especializado em Segurança e Medicina do Trabalho, a distinção dos termos periculosidade e insalubridade ainda causa muita confusão.
Insalubridade:
Essa falta de clareza não implica apenas numa questão semântica, mas em prejuízos à saúde do trabalhador.
Atividades insalubres são aquelas que expõem o funcionário a limites intoleráveis de agentes que prejudicam a saúde como barulho, a poeira e aos gases, por exemplo.
No ranking dos ambientes mais hostis à saúde estão os profissionais que trabalham em clínicas, hospitais e laboratórios. "Eles lidam com agentes biológicos, pacientes portadoras de doenças transmissíveis, entre outros".
O engenheiro explica que, em um mesmo ambiente, é possível encontrar diferentes níveis de risco ocupacional.
Em um açougue, por exemplo, o trabalhador que permanece por mais tempo numa câmara fria, a temperaturas de dez graus negativos, está mais exposto a riscos de saúde do que outro colega que atende o consumidor e que esporadicamente vai até essa câmara.
"O tempo de exposição é um dos aspectos que deve se levar em conta na questão insalubridade", reforça.
O rompedor de concreto, que opera uma máquina que produz um barulho ensurdecedor, sofre mais que seu auxiliar. "O ruído das vibrações é uma exposição permanente à insalubridade.
Já o auxiliar sente em grau menor. Mas só o laudo técnico vai definir essas diferenças", avisa.
Estresse:
O mal que se instala a médio e longo prazo é outra característica de insalubridade.
Uma atendente fala com pessoas o dia todo e ao final do dia está coberta de saliva", exemplifica. "A perda auditiva é um dos riscos de quem trabalha ao telefone", completa o engenheiro.
Ao comentar sobre um mal presente em quase toda atividade, o estresse, Manicardi diz que a Espanha é um dos únicos países que leva em conta esse risco, caracterizado como penosidade (sofrido, difícil ou complicado).
No Brasil, o estresse não é reconhecido como risco da profissão.
"O mercado de trabalho evoluiu muito, mas a observância com relação à saúde do trabalhador não acompanhou esse ritmo.
Mudou em relação a cinco anos atrás, porque se percebeu que os treinamentos e capacitações aumentam a produtividade e qualidade.
Trabalhar tranquilo e protegido é uma motivação profissional", conclui.
O Diário.com