Nem todos conseguem trabalhar olhando o Facebook.
Interromper o trabalho para ler mensagens pessoais em redes como o Facebook é uma atividade que faz parte da rotina de muita gente. O mesmo talvez não possa ser dito sobre o ato de voltar ao trabalho e garantir o foco nas tarefas. Segundo uma pesquisa recente, profissionais minimizam o impacto que o uso constante de redes sociais e e-mail pessoal têm na produtividade durante o expediente.
O levantamento, elaborado pela coach Eva Hirsch Pontes em parceria com a agência LeadPix e a empresa de planejamento e pesquisa Cristina Panela, analisou as respostas de 1.200 profissionais de diferentes estados brasileiros. A grande maioria, 70%, diz que consegue harmonizar o tempo que passa navegando nas redes sociais para fins pessoais e as atividades exigidas pela empresa onde trabalha. No entanto, a opinião muda quando eles são questionados sobre a capacidade de seus colegas fazerem o mesmo. Para 71%, os outros membros da equipe que checam redes sociais durante o trabalho acabam perdendo a concentração e têm o rendimento profissional prejudicado.
Segundo os realizadores do estudo, os números referentes ao comportamento dos outros costumam refletir bem mais as próprias atitudes do que a opinião que os profissionais têm de si mesmos. "As pessoas têm uma percepção distorcida do efeito disso na produtividade, e não têm consciência do quanto a interrupção de uma tarefa acaba prejudicando o trabalho", diz a consultora Eva Hirsch Pontes. Quase metade dos entrevistados (45%), inclusive, admite que o acesso à tecnologia atrapalha a concentração.
De acordo com a pesquisa, menos de um terço (32%) dos entrevistados possuem acesso a redes sociais e e-mail pessoal em qualquer horário do expediente e em todos os níveis da organização. No caso de 39%, o uso é restrito a horários estipulados pela empresa, e 28% liberam o acesso a uma parte dos funcionários. Para Eva, contudo, restringir o uso desses meios dentro da companhia é um contrassenso, principalmente quando as próprias empresas estão presentes nas redes sociais.
"É preciso entender que isso hoje está integrado. Os profissionais usam as redes sociais para falar de trabalho, não existe mais essa separação entre público e privado", diz. Para a especialista, o papel da empresa é ajudar os funcionários a entender o impacto que esses hábitos podem ter na produtividade, para que eles possam ter autonomia e decidir a melhor forma de equilibrar as duas coisas. Para 45% dos entrevistados, o acesso a redes sociais e e-mail pessoal deveria ser autorizado a todos os funcionários de forma irrestrita. Outros 29%, no entanto, acham que o uso deveria ser proibido ou até configurar motivo de demissão.
William Kerniski, diretor executivo da agência de marketing digital LeadPix, adiciona que o controle ao acesso desses canais já não é mais viável, pois os profissionais podem ter contato constante com as redes por meio de smartphones. Para ele, a avaliação das empresas deve ser feita pela análise da produtividade do profissional, e não pelo controle do acesso à rede em si. "As empresas devem, inclusive, incentivar os funcionários a usar todos os canais para fazer negócios, mesmo os pessoais. Cortar o acesso é tirar a oportunidade de o profissional trazer resultado para a empresa", diz.
Valor Econômico.
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