Como desmantelar um sistema e favorecer a ocorrência de acidentes.
Caros prevencionistas, posso estar errado, redondamente enganado, mas é o que tenho observado em grandes
empresas é o aumento de ocorrências de acidentes do trabalho.
No meu entendimento, a responsabilidade dessa situação é dos
sindicatos e dos próprios órgãos governamentais responsáveis pela fiscalização
do exercício da profissão, e da gestão de segurança do trabalho que é implementado
dentro das empresas com pessoas não habilitadas gerindo esses setores, aqui
fica a pergunta que não quer calar. Por onde anda os Sindicatos, MPU. MTe,
CREA, etc.?
O moderno local de trabalho já não é mais aquele de duas décadas
atrás, isso nós sabemos, as empresas de um modo geral, estão tentando criar uma
nova força de trabalho com pessoas inexperientes em SMS que por necessidade pessoal ou para obter
ascensão funcional, assumem responsabilidade para as quais não estão
habilitados ( são colaboradores de outras áreas), se sujeitam a baixos salários oferecidos por
empresários muita das vezes inescrupulosas que objetivam apenas cumprir a
legislação, mas que se aproveitam dessa situação. Será que isso está sendo
causado pela globalização, ou é mesmo descaso pela vida do
próximo.
As novas tecnologias, o crescimento de setores de trabalho, a
diversidade cultural, a mudança das expectativas da sociedade, a proliferação
do espírito empreendedor e clientes inconstantes e exigentes necessitam de
pessoas experientes nas atividades, mas, como disse, as empresas necessitam
lucrar mesmo que seja ceifando vidas
humanas.
De modo geral, as empresas têm usado o seguinte expediente para o
desmantelamento da gestão de segurança do trabalho sem que se tenha uma visão
clara do que está acontecendo:
Falam em administração da qualidade total, da responsabilidade
social e ética, mas continua com a redução dos quadros de pessoal habilitado e
qualificado, por outros de salários aviltantes para o exercício de uma profissão que requer conhecimento
técnico elevado para o resguardo das instalações físicas das empresas e
principalmente da proteção de vidas
humanas.
“Para as empresas, a
prevenção está em primeiro lugar apenas
quando da ocorrência de acidentes graves”. Esse é lastimavelmente
o lema empresarial no Brasil.
Marcio
Santiago Vaitsman
“Prevencionista,
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