Como desmantelar um sistema de gestão e favorecer a ocorrência de acidentes.

Caros prevencionistas, posso estar errado e redondamente enganado,  mas é o que tenho observado em grandes empresas é o aumento de ocorrências de acidentes do trabalho.
 
No meu entendimento, a responsabilidade dessa situação é dos sindicatos e do próprio órgão governamentais responsáveis pela fiscalização do exercício da profissão, e da gestão de segurança do trabalho que é implementado dentro das empresas com pessoas não habilitadas gerindo esses setores, aqui fica a pergunta que não quer calar. Por onde anda os Sindicatos, MPU. MTe, CREA, etc.?
 
O moderno local de trabalho já não é mais aquele de duas décadas atrás, isso nós sabemos, as empresas de um modo geral, estão tentando criar uma nova força de trabalho com pessoas inexperientes e submissas, que por necessidade pessoal,  se sujeitam a baixos salários oferecidos por empresários inescrupulosos que objetivam apenas cumprir a legislação, será que isso está sendo causado pela   globalização, ou é mesmo descaso pela vida do próximo.
 
As novas tecnologias, o crescimento de setores de trabalho, a diversidade cultural, a mudança das expectativas da sociedade, a proliferação do espírito empreendedor e clientes inconstantes e exigentes necessitam de pessoas experientes nas atividades, mas, como disse, as empresas necessitam lucrar  mesmo que seja ceifando vidas humanas.  
 
De modo geral, as empresas têm usado o seguinte expediente para o desmantelamento da gestão de segurança do trabalho sem que se tenha uma visão clara do que está acontecendo:
 
Pregam uma administração da qualidade total, da responsabilidade social e ética, mas continua com a redução dos quadros de pessoal habilitado e qualificado, por outros de salários aviltantes para o exercício  de uma profissão que requer conhecimento técnico elevado para o resguardo das instalações físicas das empresas e principalmente da proteção de  vidas humanas.

O Ministério do Esporte lamentou, em nota à imprensa, o acidente que vitimou o trabalhador Marcleudo de Melo Ferreira, de 22 anos, na obra da Arena da Amazônia, na madrugada deste sábado (14), em Manaus. "Pessoalmente e em nome de todo o governo federal, manifesto profundo pesar e toda a solidariedade com a família e os amigos do operário", diz o ministro Aldo Rebelo, que assina a nota da pasta.

Com o acidente deste sábado (14), já chega a cinco o números de mortes em obras dos estádios da Copa de 2014.

Além da morte em Manaus, em março, houve ainda dois óbitos no Itaquerão, no fim de novembro, e um no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, em junho do ano passado.

Agora não adianta lamentar nem tentar consolar a família enlutada, é necessário postura do Governo Federal nos assuntos ligados a Prevenção, para que outros acidentes com morte não venham mais ocorrer na construção civil brasileira.

Esse acidente é mais uma vergonha nacional.
 
“Para as  empresas, a prevenção está em  primeiro lugar apenas quando da  ocorrência  de acidentes graves”. Esse é lastimavelmente o lema empresarial no Brasil.

Marcio Santiago Vaitsman
“Prevencionista, se você gostou, seja um seguidor e compartilhe com seus amigos e um dia verá que essa sua atitude fez parte da sua história”.

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