Doenças Ocupacionais: Operadores de call Center sofrem com problemas auditivos.
O
setor de telemarketing/teleatendimento cresceu de maneira muito rápida no
Brasil, absorvendo nos últimos anos centenas de milhares de pessoas e
transformando-se no maior empregador na área de serviços.
A grande maioria dos trabalhadores é composta por jovens estudantes secundaristas, formados nos ensinos médios, ou universitários que custeiam seus estudos exercendo a função.
Mas se o teleatendimento gera oportunidades e serve como porta de entrada de milhares de jovens no mundo do trabalho, também pode trazer riscos. Estudos mostram que o trabalhador de call Center está sujeito a vários problemas de saúde, entre eles a perda de audição.
A grande maioria dos trabalhadores é composta por jovens estudantes secundaristas, formados nos ensinos médios, ou universitários que custeiam seus estudos exercendo a função.
Mas se o teleatendimento gera oportunidades e serve como porta de entrada de milhares de jovens no mundo do trabalho, também pode trazer riscos. Estudos mostram que o trabalhador de call Center está sujeito a vários problemas de saúde, entre eles a perda de audição.
A PAIR (Perda Auditiva Induzida por Ruído) é um mal que pode atingir todos os
trabalhadores expostos a sons acima de 80 decibéis. Pode ser considerada uma
doença ocupacional e vem chamando a atenção principalmente dos otorrinos e
fonoaudiólogos.
O que mais preocupa os especialistas, em relação ao ambiente de trabalho, é a
rotina dos operadores de telemarketing, que precisam usar fone de ouvido
unilateral, com o volume variando de 60 a 90dB.
Esse equipamento pode causar danos irreversíveis para a audição se não for
usado corretamente. Os estudos comprovam que muitos desses trabalhadores desenvolvem
primeiro perdas auditivas unilaterais progressivas, tornando-se depois
bilaterais.
A fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas, dá algumas
orientações para evitar o problema. "O operador de telemarketing precisa
estar atento para fazer sempre o revezamento do fone, do ouvido direito para o
esquerdo; dar pausas de pelo menos 10 minutos para cada hora de trabalho; e
manter o volume baixo, em torno de 60 dB, nível normal de uma conversa. Além
disso, deve realizar exames audiométricos anualmente para checar seu nível de
audição."
Com relação ao uso correto do headset (tipo de fone utilizado na função),
muitos operadores revelam que não realizam a troca de ouvido por hábito, por sentirem
maior conforto em determinada orelha ou ainda por terem a sensação de ouvir
melhor de um lado do que de outro. O uso excessivo do fone em apenas uma orelha
pode causar fadiga auditiva no lado usado e, como conseqüência, perda auditiva.
Outro grave problema constatado é que a maioria dos funcionários de call Center
prefere aumentar o volume do headset para ouvir melhor o cliente, visto que
normalmente o ambiente de trabalho é bastante ruidoso. Tais descuidos podem
prejudicar para sempre a audição do profissional, comprometendo a qualidade de
seu trabalho e seus anseios de melhoria profissional.
"É de fundamental importância que haja um controle rígido quanto às
medidas preventivas em relação à saúde auditiva. No entanto, quando já existe
perda de audição, a solução é o uso de um aparelho auditivo. Quanto mais rápido
o problema for detectado e se optar pelo aparelho, melhor será para estancar a
progressão dessa perda auditiva", alerta Marcella Vidal.
Depois de um
exame chamado audiometria, cabe aos fonoaudiólogos indicar qual tipo e modelo
de aparelho atende às necessidades do deficiente auditivo. O aparelho será
então regulado para tornar os sons audíveis para o paciente.
Atualmente,
há uma diversidade de modelos de aparelhos auditivos, pequenos e discretos, que
não ofendem a vaidade de quem usa. Os aparelhos da Telex, por exemplo, têm
design moderno, tecnologia digital e são quase invisíveis no ouvido. Além
disso, são adequados para diferentes graus de perda de audição.
Revista
Proteção.
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