Resultado, só com motivação.
De
um lado, empresários criticando o desempenho de funcionários; do outro, pessoas
desmotivadas com os empregos. Como resolver essa equação? Duas pesquisas divulgadas
no Brasil traçam análises bem diferentes da relação entre patrões e empregados.
Levantamento
realizado pela consultoria Betânia Tanure Associados (BTA) aponta que 80% dos
empresários brasileiros consideram que o desempenho de seus funcionários está
abaixo do esperado. Por outro lado, uma pesquisa da revista “Você S/A” mostra
que 72,4% dos funcionários estão desmotivados e insatisfeitos com seus
empregos. “Chama a atenção como o descontentamento está elevado. Ainda mais em
um país que pretende tornar-se competitivo”, analisa Aldina Vickberg,
psicopedagoga e consultora técnica de projetos da BTA.
“O
Brasil cresceu sem formar uma cultura de produtividade e, hoje, disputamos com
países com essa cultura muito mais arraigada”, afirma Ricardo Garcia, vice-presidente
de recursos humanos e tecnologia da informação da ArcelorMittal. “O Brasil está
abaixo em termos de gestão de pessoal da China e da Colômbia”, complementa a
consultora. Para Garcia, a falta de motivação é um dos problemas que afetam a
produtividade. “É uma soma de fatores, existem outros, como a falta de
qualificação”, afirma.
Para
os especialistas, porém, não existem bons resultados sem motivação. “Quanto
mais motivados os funcionários, mais produtivos serão”, afirma Pedro Pote,
diretor da rede de franquias imobiliárias Remax de MG. Por isso, a empresa
investe em premiação e reconhecimento. “Temos uma convenção anual que acontece
nos Estados Unidos. Entre os corretores de Minas, já tivemos quatro prêmios”,
comemora o diretor da rede.
Apenas
ganhos financeiros, porém, não garantem motivação. “Salário não motiva, mas
falta de dinheiro desmotiva”, alerta o presidente da Rhumo Consultoria, Sérgio
Campos. Para Ricardo Garcia, o salário em si não ajuda. “Apenas um salário
maior pode até desmotivar. A questão é a oportunidade de desenvolvimento”, diz
o executivo da Arcelor.
Elizabete
Valentini é um exemplo de sinergia entre empresa e funcionário. Ela foi
recentemente promovida a gerente de administração de pessoal da ArcelorMittal.
“Acredito na liderança pelo exemplo e na interação. Passei por todas as áreas
de recursos humanos e auxiliei no desenvolvimento de processos”, orgulha-se
ela, que é funcionária há 25 anos e entrou na empresa como estagiária.
Aldina
Vickberg acredita que é importante o funcionário saber que faz parte de um
objetivo maior. “Quando a equipe sabe que há uma coisa boa sendo desenvolvida,
ela se motiva. Até porque as pessoas saudáveis saem de casa todos os dia para
realizar”, declara a consultora.
Muitas
vezes, porém, essa realização vem de um projeto pessoal. Cristiano Borges
Nogueira, 38, trocou o emprego como engenheiro na Fiat para abrir a própria
empresa. “Quando lembro que hoje trabalho no horário em que sou produtivo, faço
o que gosto e controlo meus horários, me dá muita alegria”, afirma o
empresário.
Entre
2006 e 2013, 29% das empresas saíram do ranking das 500 melhores organizações
para se trabalhar. “Isso é um sinal de alerta”, afirma Aldina Vickberg,
consultora da BTA.
O
Tempo.
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