Profissionais não devem ser vistos como instáveis ou oportunistas.


Com 30 anos de experiência no setor, o vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Nacional), Cassio Mattos, ressalta que os profissionais que estão sempre sondando o mercado “não devem ser confundidos com profissionais instáveis ou oportunistas, que trocam de emprego a cada ano”.
 
Ele ressalta que o mercado de trabalho vem passando por grandes mudanças nos últimos dez anos, ganhando importantes ferramentas (internet e avanços da informática e telefonia) que beneficiam tanto empregados quanto empregadores.
 
Essas mudanças, segundo Mattos, se estendem também aos padrões de comportamento. “Se antes eu ligasse para alguém empregado convidando para conversar com um dos meus clientes, a pessoa nem atendia. Hoje, o profissional já está mais aberto a conversações. Agora, entre conversar sobre oportunidades e aceitar um novo emprego vai uma grande distância”, diz.
 
Ou seja, as pessoas estão se informando mais, pesquisando tudo a respeito de seu mercado de trabalho, não necessariamente para trocar de emprego. Muitas vezes a ideia é verificar como está o mercado, novas possibilidades da carreira e conferir o próprio grau de competência. “Posso garantir que mais de 80% dos mais de 20 milhões de brasileiros que estão no LinkedIn não estão procurando emprego”, acrescenta.
 
Mattos, que dirige há mais de 15 anos o grupo de consultoria, recrutamento e seleção de pessoal CMC Recursos Humanos, defende que o trabalhador pode até falar para a sua chefia que está sendo sondado. “Afinal, uma troca de emprego pode significar um acréscimo salarial de 20% a 30% ante os 6% ou 7% do aumento coletivo anual. O certo é que o bom profissional e o bem capacitado não pode dar uma de tatu e ficar na toca.”
 
Favorável a que o profissional participe de dois processos seletivos por ano, Mattos argumenta que o procedimento permite ao interessado saber como ele está frente ao mercado e o quanto é competitivo.
 
Já a coach Angélica Ferreira defende que a pesquisa do mercado de trabalho seja algo constante em todas a carreiras até para evitar o choque e a sensação de abandono ante uma demissão inesperada. “Eu já me deparei com muitos profissionais nessa situação, tendo de proceder a um trabalho de recuperar a segurança e potencializar a experiência profissional.”
 
“Isso ocorre muito entre o pessoal que trabalha em bancos. Ficam num mesmo emprego por dez, 20 anos, sem buscar contato com o mercado. Quando ocorre o desligamento, ficam sem ação, achando que seus conhecimentos e habilidades não servem para nada.”
 
Como o mercado de trabalho está em constante evolução, Angélica reforça a necessidade de o profissional estar sempre se atualizando, pesquisando redes de contratação, verificando os novos comportamentos dos departamentos de recursos humanos, ou seja, as tendências de suas buscas.
 
“Também é preciso alimentar e saber usar o seu networking e até ter um bom marketing pessoal”, alega. Segundo Angélica, a busca de fato por um novo emprego ocorre, sobretudo, por causa de um mau relacionamento com a chefia ou em razão da falta de reconhecimento do valor do funcionário por parte da empresa.
 
O Estado de São Paulo.
 
 
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