Empresas conseguem 24 liminares contra seguro-acidente.
O impasse
envolvendo boa parte do setor produtivo e o governo sobre as novas regras do
seguro de acidente de trabalho esquentará nos próximos dias.
O
empresariado está organizando uma intensa mobilização, para forçar o governo a
rever as normas, sobretudo em ano eleitoral. A Justiça já concedeu 24 liminares
suspendendo a cobrança em todo país.
A Associação
Comercial, Ordem dos Advogados e Federação das Indústrias - está elaborando um
manifesto que será entregue à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, após o
carnaval. O documento será assinado por 150 entidades.
As companhias
correm porque está se esgotando o prazo para que as empresas recorram à Justiça
na tentativa de evitar um desembolso maior com a tarifa, que começa a ser
recolhida a partir do dia 20 de fevereiro.
A batalha judicial deverá ser engrossada pelas
firmas que ainda não tiveram resposta às centenas de recursos administrativos
enviados ao Ministério da Previdência Social - que comandou a mudança nas
normas, em vigor desde 1 de janeiro.
Há uma enxurrada
de ações judiciais em
curso. Entre os dias 1 de dezembro e 5 de fevereiro, foram
concedidas 24 liminares suspendendo a cobrança. Outras 11 foram indeferidas.
Além de
reenquadrar as empresas nas alíquotas de 1%, 2% e 3% sobre a folha - conforme o
risco da atividade e com base nos acidentes e doenças ocupacionais registrados
em 2007 e 2008, a Previdência arbitrou um valor para cada empresa.
Este leva em conta
a média do setor e o desempenho da firma: se ficou acima da média setorial de freqüência
de acidentes, gravidade e custo para o INSS, será punida com alíquota maior. Se
ficou abaixo, receberá um bônus.
O Globo.
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