Trabalho em grupo aumenta motivação de profissionais.
Quando
as pessoas são tratadas como parceiras trabalhando juntas com outras — mesmo se
fisicamente distantes —, a motivação delas aumenta de acordo com uma nova
pesquisa da Universidade Stanford.
Como
foi percebido no estudo, nós nos ocupamos de várias atividades na vida
individualmente, mas considerando que outros fazem o mesmo. Um pesquisador, por
exemplo, prepara um artigo sobre um novo tratamento médico sabendo que mais
pesquisadores estão às voltas com o mesmo problema. Um estudante escreve um
ensaio como tarefa de casa tendo em mente que seus colegas receberam a mesma
incumbência. Quando as pessoas entendem que estão trabalhando juntas em uma
questão difícil, isso faz crescer a motivação?
“Trabalhar
com os outros proporciona grandes benefícios pessoais e sociais”, escreveu
Gregory Walton, professor-assistente de psicologia na Stanford, em um artigo no
“Journal of Experimental Psychology” em coautoria com Priyanka Carr, estudante
de graduação em Stanford.
Em
uma entrevista, Walton disse: “Nossa pesquisa descobriu que sugestões sociais
que simplesmente transmitem a ideia de que outras pessoas consideram você
trabalhando junto em uma tarefa, mais que somente trabalhando na mesma tarefa,
mas separadamente, têm efeitos impressionantes na motivação”.
Em
cinco experimentos, Carr e Walton descobriram que essas “sugestões de trabalhar
junto” aumentaram a “motivação intrínseca” de pessoas que trabalhavam sozinhas.
A motivação intrínseca se refere a comportamentos que os indivíduos querem
adotar — dos quais desfrutam e que consideram intrinsecamente recompensadores
—, e não aqueles que se forçam a adotar.
Inicialmente,
os participantes formaram pequenos grupos. Em seguida, foram para salas
separadas para trabalharem sozinhos em um quebra-cabeças. Aos componentes da
categoria “psicologicamente juntos” foi dito que trabalhariam “juntos” no quebra-cabeças
e que escreveriam ou receberiam uma dica sobre o problema de outro participante
do estudo. Mais tarde eles receberam uma dica ostensivamente elaborada por
outro participante.
As
pessoas na categoria “psicologicamente separadas” foram simplesmente
comunicadas de que cada uma trabalharia no quebra-cabeça – sem qualquer menção
sobre trabalhar “junto”. E que a dica que receberiam viria dos pesquisadores —
que, obviamente, não são solucionadores de quebra-cabeças. Eles receberam a
mesma dica que os da categoria “psicologicamente juntos” — mas ela não veio de
pessoas engajadas na tarefa.
Nos
estudos, salient Walton, as pessoas nunca trabalharam juntas de fato – algumas
tinham apenas a percepção de um contexto de trabalho em grupo. Nesse caso em
que se percebiam como trabalhando juntas, persistiram de 48% a 64% mais tempo
na tarefa, demonstraram maior interesse nela e se saíram melhor em sua
conclusão.
Os
resultados mostraram que simplesmente perceber que se é parte de uma equipe de
pessoas trabalhando em uma tarefa é mais motivador quando se encaram desafios”,
diz Walton.
Valor
Econômico.
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