Governo rebate CNI sobre mudança em seguro acidente
O secretário de
Políticas de Previdência do Ministério da Previdência Social, Helmut Schwarzer,
descartou em 23 de outubro a possibilidade de adiamento da data de
entrada em vigor das novas regras de cobrança do Seguro Acidente de Trabalho
(SAT), que é 1º de janeiro de 2010. "Tecnicamente, não vemos porque a data
tenha que ser adiada porque a metodologia utilizada para aplicação das regras
foi amplamente negociada com o empresariado, inclusive a CNI (Confederação
Nacional da Indústria)", afirmou o secretário.
O Ministério da
Previdência Social, em entrevista coletiva, rebateu as críticas e acusações de
"falta de transparência" feitas hoje pela CNI ao modelo do novo
Seguro Acidente de Trabalho (SAT) que, em resumo, pretende bonificar as
empresas que investirem na redução dos acidentes e doenças ligados ao trabalho.
"Não há informações (sobre a metodologia) escondidas nem falta de transparência
porque tudo foi discutido ao longo de 2009", afirmou o diretor de
Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do ministério, Remígio Todeschini.
Ele acusou a CNI
de estar fazendo "fumaça" com as críticas porque a entidade
representa os dois setores em que há maior número de acidentes no trabalho em
seus históricos, que são a indústria da transformação e a construção civil.
Pelas novas regras do SAT, as empresas com esse histórico terão um aumento nas
suas contribuições no ano que vem.
O presidente da CNI,
Armando Monteiro Neto, anunciou que pedirá ao presidente Luiz Inácio Lula da
Silva o adiamento das regras e, se não for atendido, a entidade apresentará à
Justiça uma ação coletiva ou várias ações individuais de empresas contra a nova
forma de cobrança do seguro.
Fonte: Estadão
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