Alerta: Empresas estão forçando profissionais a tornarem-se Pessoa Jurídica ou Autônomos para prestarem serviços.
Empresa que obrigou empregado a trabalhar como autônomo terá que indenizá-lo.
Diante da comprovação de que o trabalhador foi obrigado a abrir uma empresa de consultoria para prestar serviços à ré, a Turma Recursal de Juiz de Fora confirmou a sentença que reconheceu o vínculo de emprego entre as partes, pelo período de dois anos.
É que foi constatada fraude ao contrato de trabalho e, por isso, a contratação do reclamante através de pessoa jurídica foi declarada nula. A ré foi condenada a indenizar o autor pelas despesas com a formalização do contrato de pessoa jurídica e com impostos e taxas pagos pela empresa constituída com fins ilícitos.
Pelo que foi apurado no processo, o autor trabalhou, de 2003 a 2005, sem anotação da CTPS, como analista de sistemas, em atividade fim da reclamada, que é a prestação de serviços na área de processamento de dados.
A empregadora pretendia reverter o vínculo empregatício reconhecido pela sentença, sustentando que, durante esses dois anos, o reclamante teria lhe prestado serviços como autônomo, através de sua empresa de consultoria.
Entretanto, ao examinar a prova testemunhal, o relator do recurso, juiz convocado Paulo Maurício Ribeiro Pires, constatou que o serviço prestado pelo autor não possuía as características do trabalho autônomo.
Os depoimentos das testemunhas revelaram que havia vários profissionais na empresa prestando serviços através de pessoa jurídica, incluindo o autor. Ou seja, havia a exigência de que o profissional constituísse uma empresa para que pudesse trabalhar na reclamada.
Uma testemunha, contratada pela ré nessas condições, afirmou que recebia mais como pessoa jurídica do que como empregada, evidenciando que a remuneração era maior no período anterior à anotação na CTPS.
Nesse contexto, o relator considerou evidente a conduta ilícita da reclamada com o objetivo de burlar a legislação trabalhista. Conforme verificou o juiz, o contrato como pessoa jurídica continha todos os elementos caracterizadores da relação de emprego.
Assim, concluindo que o empregador não pode transferir ao trabalhador os riscos do seu empreendimento, a Turma manteve a condenação da empresa a ressarcir o reclamante das despesas efetivadas com a constituição de pessoa jurídica. ( RO 00105-2008-006- 03-00-6 )
Fonte: TRT- 3ª Região Minas Gerais, 15.09.2009
É isso ai meu amigo,
ResponderExcluircada vez mais os empresários, o CREA e agora até o governo estão liquidando com a profissão do Técnico em Segurança, se não nos mobilizarmos, não unirmos forças logo não passaremos de meros entregadores de EPIs e organizadores de SIPATs.
P.S.- Parabês pelo Blog, materiais interessantes, ja estive dando uma olhada em quase tudo , até adicionei como seguidor, mas se me permitir vou inclui-lo na minha lista de parceiros, caso permita e queira fazer o mesmo ficarei agradecido.
Att:
Emerson Esteter- Técnico em Segurança do Trabalho.
Blog: http://emersonestetertst.blogspot.com/