Triste polêmica.

Em quem podemos confiar? Objetivando manobras políticas, as autoridades científicas também são capazes de vender a própria mãe quando se trata de obtenção de poder, municiando a opinião pública mundial com dados incorretos sobre o clima.

Conservadores que se opõem à redução de gases-estufa Membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood pediram ontem que o Oscar concedido ao documentário "Uma verdade inconveniente", de Al Gore, seja retirado. 

É que foi considerada uma manobra da direita americana que se opõe a medidas de redução de emissão de gases-estufa, os ultraconservadores Roger L. Simon e Lionel Chetwynd disseram que o documentário se baseia em afirmações sobre o clima que, segundo eles, estariam erradas.

Eles se basearam no fato de que cientistas da Universidade East Anglia, na Inglaterra, teriam manipulado dados sobre o aquecimento global. 

A denúncia veio à tona em meados de novembro, depois que hackers roubaram milhares de emails de cientistas de clima da universidade.

As mensagens sugerem que houve manipulação de dados. Porém, o documentário de Gore não tem qualquer relação com a universidade. 

O diretor do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC, na sigla em inglês), Rajendra Pachauri, disse que o caso de East Anglia deve ser investigado para que "nada fique sob o tapete". Pachauri, no entanto, disse que mesmo que tenha havido manipulação na universidade isso não muda em nada o conhecimento que se tem sobre o aquecimento global.

Isso é lamentável.

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